quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Podemos perder a salvação?



Um Crente Pode Apostatar?

Nós podemos viver em uma cultura a qual crê que todos serão salvos, que nós somos “justificados pela morte” e que tudo de que você precisa para ir para o céu é morrer, mas a Palavra de Deus certamente não dos dá o luxo de crer nisso. Qualquer leitura rápida e honesta do Novo Testamento mostra que os apóstolos estavam convencidos de que ninguém pode ir para o céu a menos que creia somente em Cristo para a sua salvação (João 14.6; Romanos 10.9-10).
Historicamente, os cristãos evangélicos têm largamente concordado sobre esse ponto. Onde eles diferem tem sido na questão da segurança da salvação. Pessoas que concordariam que apenas aqueles que confiam em Jesus serão salvos têm, por outro lado, discordado acerca de se alguém que verdadeiramente crê em Cristo pode perder a sua salvação.
Teologicamente falando, o que estamos discutindo aqui é o conceito de apostasia. Esse termo vem de uma palavra grega que significa “estar longe de”. Quando falamos sobre aqueles que se tornaram apóstatas ou que cometeram apostasia, estamos falando daqueles que caíram da fé ou, no mínimo, da profissão de fé em Cristo que eles um dia fizeram.
Muitos crentes têm sustentado que, sim, verdadeiros cristãos podem perder a sua salvação porque há vários textos no Novo Testamento que parecem indicar que isso possa acontecer. Estou pensando, por exemplo, nas palavras de Paulo em 1Timóteo 1.18-20:
Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé. E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem.
Aqui, em meio a instruções e admoestações relativas à vida e ao ministério de Timóteo, Paulo alerta Timóteo a manter a fé e uma boa consciência, e lembrar-se daqueles que não o fizeram. O apóstolo se refere àqueles que “vieram a naufragar na fé”, homens que ele havia entregado a Satanás, “para que aprendam a não blasfemar” (ARC). O segundo ponto é uma referência à excomunhão daqueles homens por Paulo, e a passagem inteira combina uma sóbria advertência com exemplos concretos daqueles que gravemente decaíram de sua profissão cristã.
Não há dúvida de que cristãos professos podem cair, e caem radicalmente. Pensemos em homens como Pedro, por exemplo, que negou a Cristo. Mas o fato de que ele foi restaurado mostra que nem todo crente professo que cai ultrapassou o ponto em que não é mais possível retornar. Nesse particular, nós devemos distinguir uma queda séria e radical de uma queda total e definitiva. Os teólogos reformados têm notado que a Bíblia está cheia de exemplos de verdadeiros crentes que caem em pecados graves e, até mesmo, em períodos prolongados de impenitência. Então, cristãos de fato caem, e caem radicalmente. O que poderia ser mais sério do que a negação pública de Jesus Cristo por Pedro?
Mas a pergunta é: acaso essas pessoas culpadas de uma verdadeira queda são irremediavelmente caídas e eternamente perdidas, ou essa queda é uma condição temporária que irá, em última análise, ser remediada pela sua restauração? No caso de um indivíduo como Pedro, nós vemos que a sua queda foi remediada pelo seu arrependimento. Contudo, o que dizer daqueles que decaem de modo definitivo? Acaso eles foram algum dia crentes verdadeiros?
Nossa resposta a essa pergunta deve ser não. 1João 2.19 fala dos falsos mestres que haviam saído da igreja como nunca tendo sido verdadeiramente parte da igreja. João descreve a apostasia de pessoas que haviam feito uma profissão de fé, mas nunca haviam sido de fato convertidas. Além disso, nós sabemos que Deus glorifica todos aqueles a quem ele justifica (Romanos 8.29-30). Se uma pessoa tem uma verdadeira fé salvadora e é justificada, Deus irá preservar aquela pessoa.
Nesse ínterim, contudo, se o indivíduo que caiu ainda está vivo, como nós sabemos se ele é um completo apóstata? Uma coisa que nenhum de nós pode fazer é ler o coração de outras pessoas. Quando vejo um indivíduo que fez uma profissão de fé e depois a rejeita, eu não sei se ele é alguém verdadeiramente regenerado que está no meio de uma queda séria e radical, mas que em algum ponto no futuro certamente será restaurado; ou se ele é alguém que nunca foi de fato convertido, cuja profissão de fé era falsa desde o começo.
Essa questão sobre se uma pessoa pode perder a sua salvação não é uma questão abstrata. Ela nos afeta bem no âmago de nossa vida cristã, não apenas no que concerne a nossas preocupações com nossa própria perseverança, mas também com a de nossos familiares e amigos, especialmente aqueles que pareciam, por todas as evidências externas, ter feito uma profissão de fé genuína. Nós pensávamos que a profissão deles era crível, nós os abraçamos como irmãos ou irmãs, apenas para descobrirmos que eles rejeitariam aquela fé.
O que você faz, na prática, em uma situação como aquela? Primeiro, você ora e, então, você espera. Nós não sabemos o resultado final da situação, e tenho certeza de que haverá surpresas quando chegarmos ao céu. Ficaremos surpresos em ver pessoas as quais achamos que não estariam lá, e ficaremos surpresos em não ver pessoas as quais tínhamos certeza de que estariam lá, porque nós simplesmente não sabemos a condição interior de um coração humano ou de uma alma humana. Apenas Deus pode ver essa alma, transformar essa alma e preservar essa alma.
R. C. Sproul02 de Outubro de 2014 - Salvação
Fonte: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/742/Um_Crente_Pode_Apostatar

terça-feira, 22 de julho de 2014

Interpretação da Bíblia - Hermenêutica

ESTUDOS EM HERMENÊUTICA BÍBLICA

Ou, Leis Básicas de Interpretação da Bíblia

Pr. Davis W. Huckabee

Define-se hermenêutica como "a ciência da interpretação; principalmente, o ramo da teologia que trata dos princípios da exegese", Novo Dicionário Mundial Webster[1]. Ter o método correto de interpretação da Palavra de Deus significa a diferença entre sua correta compreensão, e heresias nas crenças e comportamento. Em assuntos espirituais, é de grande importância que tenhamos princípios sólidos de interpretação da Bíblia, ou então nos desencaminharemos mediante uma compreensão pervertida da Revelação de Deus à humanidade. Toda heresia que já causou destruição na raça humana ocorreu porque alguém interpretou a Palavra de Deus de modo errado em algum ponto, ou então, como é menos comum, agiu em consciente oposição à Verdade.
Vê-se a importância da correta interpretação da Bíblia na exortação de 2 Timóteo 2.15: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." "Procura" no português moderno é mais restrito do que o significado antigo em português e a palavra grega (spoudazo), que das onzes vezes em que aparece é traduzida "com diligência; esforçar-se, procurar". Essa palavra, embora inclua o processo mental de estudar (no sentido moderno), inclui muito mais. Não só isso, mas o grego para "maneja bem" (orthotomos) era usado na antiga Grécia para fazer uma linha reta ou arar um sulco reto de arado.
"Theodoret explica que essa palavra significa arar um sulco reto de arado. Parry argumenta que a metáfora é o pedreiro cortando pedras retas, já que assim são usadas as palavras temno orthos. Considerando que Paulo era um fazedor de tendas e sabia como cortar reto o áspero material de pelo de camelo, por que não deixar que isso seja a metáfora" Certamente, já há muita exegese torta o suficiente (estilos de patchwork[2]) para que se invoque a necessidade de um corte cuidadoso para ajustá-la". " A. T. Robertson, Word Pictures In The New Testament (Ilustrações da Palavra no Novo Testamento), Vol. IV, pp. 619-620.
É uma verdade trágica " tão conhecida que é inegável " que boa parte das interpretações forçadas das Escrituras é um tipo de patchwork, e muitas pessoas são culpadas de interpretar as Escrituras numa linha ziguezague a fim de harmonizá-las com seus preconceitos pessoais. Mas se quisermos ser aceitos pelo Senhor quando permanecermos diante dEle no juízo, então vamos ter de interpretar a Palavra de Deus em linha reta do começo ao fim, mesmo quando seu corte cruza diretamente nossas teorias e convicções prediletas. É uma incoerência suprema interpretar as Escrituras de um jeito quando estamos argumentando uma coisa, então darmos meia volta e interpretarmos de outro jeito quando estamos discutindo outro argumento, apenas para podermos manter nossa própria teoria. A Palavra é comparada a uma afiada espada de dois gumes, Hebreus 4.12, e uma parte dessa comparação é que a Palavra corta de duas direções. Se a usarmos para derrubar a interpretação de um oponente, não nos esqueçamos de que a Palavra tem o outro lado apontado para nossa direção para derrubar também nosso método de interpretação se for contrário às Escrituras.
Coerência em nosso método de interpretação da Bíblia é uma jóia preciosa que todo cristão deve almejar com todas as forças " não só os pregadores, embora os pregadores causarão danos muito maiores se tiverem um método ziguezague de interpretação da Bíblia. B. H. Carroll tem observações tão excelentes sobre 2 Timóteo 2.15 que o melhor que podemos fazer é citá-las para benefício dos leitores. Ele diz:
"A idéia é a de um fazendeiro arando um sulco reto de arado, não torto, curvado ou ziguezague. Já vi num grande campo homens arando uma linha reta por uma milha " reta como uma flecha. Assim, quando chegamos ao debate acerca da verdade, devemos arar um sulco reto, dividi-lo em linha reta, maneja-lo bem. Não devemos fazer ziguezague entre as palavras como se estivéssemos tentando entusiasmar algo repentinamente, mas ir direto ao alvo, talhar rente à linha e se fomos testados como ministros de Deus podemos fazer isso. Aqui está um jeito pelo qual podemos saber que estamos arando um sulco reto: Se aplicarmos uma interpretação a alguma passagem que no livro seguinte irá diretamente contra, ou dar sombra de dúvida, esse sulco não será aprovado conforme à Bíblia e nós temos a idéia errada acerca da interpretação. Se temos a idéia certa, o sulco será um sulco reto de Gênesis até Apocalipse. Ficará de acordo com o cânon, ou regra da verdade". " An Interpretation of the English Bible (Uma Interpretação da Bíblia em Inglês), Vol. 16, p. 143ff.
Todo cristão deve ser uma pessoa do Livro, e os batistas em particular têm há muito sido conhecidos como "povo do Livro", que é o que todo cristão deve ser. Mas todos precisam dar atenção ao jeito como lêem e interpretam as Escrituras, pois até mesmo os agnósticos e infiéis lêem e interpretam as Escrituras, mas eles fazem isso com o propósito de desprezar e derrubar as afirmações e ensinos das Escrituras. Assim, é óbvio que ler e interpretar as Escrituras não significa nada, a menos que princípios certos sejam empregados na sua leitura e interpretação.

Já foram escritos muitos livros sobre hermenêutica bíblica, porém este escritor não teve o privilégio de ler a maioria deles. Contudo, em seus quarenta anos de ministério ele observou que as seguintes coisas são leis básicas para a interpretação correta das Escrituras. E ele espera que o uso dessas leis ajudará outros a serem melhores estudantes da Bíblia. Se fossem usadas por todos, essas "Leis" ajudariam todos os estudantes da Bíblia a ter uma opinião em grande parte harmoniosa das doutrinas bíblicas.
[1] hermenêutica " [F. subst. de hermenêutico.] S. f. 1. Interpretação do sentido das palavras.  2. Interpretação dos textos sagrados:  3. Arte de interpretar leis:       Dicionário Aurélio Eletrônico
[2] Patchwork "  [Ingl.] Adj. 2 g. 1. Diz-se do tecido feito com retalhos retangulares de tecidos de cores ou estampados diferentes, cosidos entre si, ou do tecido com estampado que repete o motivo acima. [O desenho deles é o mesmo de certos panos de crochê ou de retalhos feitos com pedaços retangulares de material de cores diversas.]    Dicionário Aurélio Eletrônico

Autor: Davis W. Huckabee
Tradução: Júlio Severo
Revisão e Edição: Joy E Gardner e Calvin G Gardner
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Vencendo as Dificuldades do Evangelismo


Kevin McKay07 de Julho de 2014 - Evangelização
Nossas igrejas amam ver conversões e ouvir testemunhos. Mas por que elas não querem compartilhar o evangelho?

Objeções Vencidas

Aqui há três objeções comuns ao evangelismo que ouvi pessoas oferecerem, e algumas orientações para ajudar os nossos membros a vencê-las.
1. Eu não sei o que dizer.
Objeção 1: “Eu não sei o que dizer.” As pessoas fazem essa objeção por não conhecerem o evangelho bem o suficiente para compartilhá-lo. Possivelmente, ninguém na sua igreja verbalize de fato essa objeção, mas é possível que elas sintam essa objeção. Elas fazem o seu melhor, convidando amigos para irem à igreja e orando por eles.
Qual é a solução? Nós podemos inspirar confiança em nossos membros, certificando-nos de que eles entendem o evangelho, e ensinando-os a explicá-lo.
Na igreja que eu pastoreio, nós perguntamos a cada pessoa quem deseja explicar para a igreja o evangelho. Isso ajuda a garantir que a membresia seja regenerada, mas também é como começamos a treinar os nossos membros para o evangelismo. Alguns membros têm dificuldade de explicar o evangelho, e essa luta para explicar leva-os a ouvir mais atentamente os sermões, ou a ler um livro como "O que é o Evangelho?" de Greg Gilbert (Fiel).
Outros compartilham o evangelho com clareza, e eu simplesmente respondo à explicação deles com algo do tipo: "Louvado seja Deus. Você tem um bom entendimento do evangelho. Eu encorajaria você a procurar e a orar por mais oportunidades de compartilhar o evangelho com outros".
Outra maneira de atender a essa objeção é usar todos os sermões para compartilhar o evangelho com não-cristãos, e isso catequiza toda a nossa congregação no evangelho. Eu quero pregar as verdades do evangelho ao longo da mensagem, mas também quero que eles ouçam o evangelho resumido de uma maneira que possa ser facilmente reproduzido em um minuto ou dois.
Se existe uma coisa que cristãos devem ser capazes de explicar é o evangelho. Se nós não pregamos o evangelho claramente no domingo, então como podemos esperar que os nossos membros o preguem durante a semana?
2. Eu não quero.
A objeção 2 é um simples "eu não quero". Essa é outra objeção que é mais frequentemente sentida do que verbalizada. Em nossa igreja, tentamos abordar isso na pregação, nos relacionamentos de discipulado e nas orações.
  • Nós pregamos as realidades do céu e do inferno juntamente com a natureza temporária deste mundo. Diante desse pano de fundo, verdades como perdão se tornam mais valorizadas e celebradas.
  • Nós perguntamos uns aos outros sobre como estamos obedecendo ao mandamento de Deus de compartilhar as boas novas de Jesus Cristo.
  • E, por fim, oramos regularmente para que o Espírito crie uma cultura de evangelismo em nossa igreja.
Dessa forma, estamos exortando uns aos outros e pedindo ao Espírito que concentre as nossas mentes e corações na eternidade, e que vejamos as pessoas a partir dessa perspectiva.
3. Eu não sei o que fazer.
A objeção 3 é um honesto "eu não sei o que fazer". Alguns membros conhecem bem o evangelho e querem compartilhá-lo. No entanto, eles são tão acostumados a pensar em um programa ou sistema que fará o evangelismo acontecer, que se acham frustrados pela sua falta de evangelismo. Eles não evangelizam porque não têm tempo para criar um novo evento. Ou, em igrejas como a nossa, eles não conseguem encontrar os programas que funcionarão para eles.
Mas o corpo da igreja é o programa de Deus para o evangelismo. Jesus disse que as pessoas saberiam quem eram os seus discípulos pela maneira como amamos uns aos outros (Jo 13.34-35).
Então nós dizemos aos nossos membros para alcançar os amigos incrédulos vivendo como fiéis membros de igreja que amam uns aos outros em Cristo, e depois convidando esses amigos para serem parte de suas vidas. O Espírito usa isso para tornar o evangelho audível.
Um amigo que serviu como missionário na Ásia Central entre muçulmanos me disse que a sua equipe havia descoberto “a bala de prata” para converter muçulmanos: prolongada exposição à Bíblia e prolongada exposição a cristãos. Esse princípio funciona em todo lugar, porque Deus opera através da sua Palavra e do seu povo.
Por sua graça, nós vimos um rapaz que foi criado como ateu começar a se abrir para o cristianismo devido aos casamentos que ele via na igreja, e mais tarde, se achegou à fé. Vimos também um rapaz criado em um lar cristão perceber que ele não era um cristão, pois ele viu os membros da nossa igreja se comprometendo a viverem vidas santas juntos, de uma maneira que ele não se comprometiaComo Francis Schaeffer disse certa vez: o cristianismo é uma questão individual, mas não individualista.[1] Ao convidar pessoas para testemunhar a vida coletiva da igreja, não-cristãos obtêm uma visão mais ampla do próprio evangelho.
O poder do testemunho coletivo da igreja não substitui completamente o aspecto pessoal do evangelismo. Mas serve para vencer o obstáculo específico de não saber como começar uma conversa. Conversas evangelísticas frequentemente nascem da apologética atrativa que é a vida cristã. Quando as nossas vidas personificam a sã doutrina, elas ajudam a dar sentido ao que é bom e correto no mundo, da mesma maneira que a doutrina do pecado dá sentido a tudo o que é errado no mundo.
Não são apenas os novos cristãos que querem compartilhar a sua fé. São cristãos que crescem juntos no conhecimento e no amor pelo evangelho, que querem ser mais do que meros espectadores — e assim eles falam.

[1] Francis Schaeffer, The God Who Is There (InterVarsity Press, 1998), 176.
Tradução: Alan Cristie
Hits: 2484
Fonte: http://ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/704/Vencendo_as_Dificuldades_do_Evangelismo
Fonte imagem: http://marleneecarloscumprindoochamado.blogspot.com.br/2011/09/definicao-de-evangelismo.html

quarta-feira, 2 de julho de 2014

9 razões para orar


Por Jason Helopoulos em Reforma 21

Por que devemos orar? Deus já conhece os nossos corações. Ele já sabe os nossos anseios. Então, por que orar? Podemos dizer facilmente: porque a Bíblia ordena isso. Paulo chega a dizer “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17) – essa é razão suficiente. Mas vamos explorar algumas outras razões para o porquê da oração.

1. Oramos porque amamos:

Um relacionamento de amor é aquele em que há gozo um no outro. Se eu digo “eu amo minha esposa” mas nunca falo com ela, é provável que eu não a ame. Se eu a amo, então terei vontade de conversar com ela, passar tempo com ela e desejá-la. É por isso que Marcos escreve que Jesus “tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava”. Jesus ama o Pai. O Pai o ama; então, ele quer passar tempo falando com Deus antes do dia começar.

2. Oramos por gratidão:

Tiago diz: “toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança”. Paulo diz em Filipenses 4.6: “não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. Como aquele leproso que retornou a Jesus, devemos tornar a Deus em ações de graça. Tudo que recebemos, tudo o que ganhamos, é dádiva de Suas mãos. A oração demonstra e provê um veículo para oferecermos nossa gratidão.

3. Oramos porque queremos conhecer a Deus mais profundamente:

Não há nada mais amável, nada mais majestoso que nosso coração possa procurar, nada mais satisfatório do que o próprio Deus. E quando falamos com Ele, passamos a conhecê-lo mais. Como o salmista diz “uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo” (Salmos 27.4). Queremos conhecê-lo. Queremos conhecer a Deus em toda a Sua glória. Se esse é o caso, então, como uma jovem namorada tentando conhecer seu namorado, desejaremos falar mais com Ele.

4. Oramos para conhecermos nossos próprios corações:

Penso nas palavras de Habacuque: “o SENHOR, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra”(Habacuque 2.20). Há um beneficio real de se achegar ao Senhor em silêncio. É verdade que passamos a conhecê-lo melhor em oração, mas também passamos a nos conhecer mais completamente. Quantas vezes nós oramos e nos reconhecemos culpados por um pecado que antes não percebíamos. Ouvimos proferido por nossos lábios ou descobrimos nossas mentes embaraçadas por ele quando vamos a Deus em oração. Como Pedro no telhado, nos tornamos conhecedores de que o que nós praticamos, acreditamos ou sonhamos é profano. A oração abre nossos corações não somente perante a Deus, mas perante nós mesmos. Deus já sabe o que há dentro dos nossos corações; nós, geralmente, não.

5. Oramos para sermos conformados à Sua imagem:

Alguns disseram que o propósito da oração não é que nós possamos mudar Deus, mas que Deus possa nos mudar. E há tanta verdade nisso. Calvino disse que nós oramos no nome de Jesus para “para que nenhuma paixão e nenhum desejo sequer nos suba ao coração, com vergonha de tê-lo por testemunha, enquanto aprendemos a diante de seus olhos colocar todos os nossos desejos, e até mesmo a derramar todo nosso coração”. Na oração, nossos corações são conformados e moldados, nossas afeições são agitadas e nossas mentes são transformadas. A oração é a academia da retidão. Uma pessoa pode entrar como um aluno negligente e sair como um cadete.

6. Oramos para reconhecer nossa dependência nEle:

Não somos seres independentes. Como Paulo pregou no Areópago “nele vivemos, e nos movemos, e existimos”. Não somos e não podemos ser nada longe dele. A oração reconhece isso. Ursino comentou uma vez que “a oração é tão necessária para nós como é necessário para um pedinte o pedir esmolas”. Um pedinte é por definição aquele que pede esmolas. Somos pessoas, seres humanos, criados na Sua imagem; por definição, somos dependentes e devemos orar.

7. Oramos para receber dEle:

Tiago diz “se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tg 1.5). Pedimos para receber. Jesus segue seu ensinamento do “Pai nosso” em Lucas 11 com a história do homem que é acordado por um amigo que deseja três pães. E Jesus diz “ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”. Isso acontece no contexto da oração do Pai nosso, que é repleta de pedidos para receber. De fato, oramos para receber. E temos um Pai celestial que ama dar. É Ele quem dá todas as boas dádivas. Se tudo de bom vem dele, então, em oração, nós corretamente buscamos e rogamos a Ele.

8. Oramos porque Deus escolheu usar meios:

Muitos dizem “por que orar se Deus já predestina todas as coisas? Por que orar pela conversão de alguém, por que orar para que Deus cure o meu corpo, por que orar para qualquer coisa?” Porque Deus escolheu usar meios. Ele usa a chuva para fazer a grama crescer. Ele usa o sol para iluminar o mundo. Ele usa nossas orações para alcançar os seus propósitos. Essa é uma das realidades mais maravilhosas e humildes no universo, mas é verdade. Deus escolhe usar a nós para concluir seus propósitos. Nossas orações podem ser o exato meio que ele utiliza para salvar nossas crianças, providenciar saúde para a pessoa na lista de oração ou manter a unidade na igreja local. Tiago diz “confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”.

Não temos ideia do quanto nossas orações estão sendo eficazes para o bem do reino, da nossa igreja, de nossas famílias e de nossas pessoas. Francamente, ficaríamos impressionados se soubéssemos o quanto Deus tornou nossas orações significativas, importantes e essenciais. É humilhante. E é terrivelmente empolgante.

9. Oramos para que Deus receba glória:

Quando o homem coxo é sarado em Atos 3 pela oração de Pedro, sua resposta é se levantar, saltar de alegria e louvar a Deus. Quando Deus responde as nossas orações, nós oferecemos louvor. Deus recebe glória enquanto os homens recebem dele e respondem corretamente. A oração é um presente de um Pai celestial que ama escutar seus filhos.

Existem inúmeras razões para orar. Sejamos pessoas de oração. Nunca um minuto de oração será um minuto desperdiçado ou lamentado.

domingo, 20 de abril de 2014

Plano de leitura bíblica anual em ordem cronológica!



Este plano de leitura bíblica anual em ordem cronológica poderá te guiar todos os dias em sua leitura, basta marcar um "x" em cada quadradinho correspondente á sua leitura diária.

Você não precisa esperar chegar o dia 1º de Janeiro de cada ano para começar a sua leitura anual, você pode começar a ler hoje mesmo, pois seu guia será sua marcação!

Imprima e coloque sue plano de leitura em um local acessível para sempre se lembrar de anotar após ler em cada dia, e não busque ler apenas, mas sim estude! Se não entender alguma coisa releia ou peça ajuda para alguém que tenha capacidade de te ajudar, porque sabemos que se entendermos a Bíblia, poderemos vivê-la e pregar as boas novas.

E não se esqueça de orar sempre antes de iniciar qualquer leitura bíblica, para que Deus nos dê sabedoria e entendimento da Sua palavra, para que possamos ir além de ler, e sim entendermos a palavra de Deus e colocá-la em prática em nossas vidas, 

Afinal, esse é um dos mandamentos do Senhor para nossas vidas!!!

Deus te abençoe e tenha uma ótima leitura! 
https://docs.google.com/file/d/0By412mxYnIC5bkNiSnNVdDFWNDQ/image?pagenumber=1&w=800




Fonte: http://www.jovemcrente.net/2012/12/plano-de-leitura-biblica-anual-em-ordem.html#more

sábado, 19 de abril de 2014

Vídeo - João 3:1-5



(João 3:1-5)

1. E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.


2. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.


3. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.


4. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?


5. Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.





Fonte do Vídeo: https://www.youtube.com

A infância de Jesus

Além de Lucas 2:41-52, a Bíblia não nos diz nada sobre a juventude de Jesus. No entanto, esse incidente nos ensina algumas coisas sobre a Sua infância. Primeiro, Ele era filho de pais muito devotos a seus rituais religiosos. Como exigido pela sua fé, José e Maria faziam a sua peregrinação anual a Jerusalém para a festa da Páscoa. Além disso, eles trouxeram seu filho de 12 anos para comemorar a Sua primeira festa em preparação ao Seu bar mitzvá aos 13 anos, quando os meninos judeus comemoravam a sua passagem à idade adulta. Aqui vemos um típico menino de uma família típica daquela época.

Vemos também nessa história que a permanência de Jesus no templo não era nem maliciosa nem desobediente, mas um resultado natural de saber que tinha a tarefa de cuidar dos interesses do Pai. O fato de que Ele estava surpreendendo os professores do templo com a Sua sabedoria e conhecimento fala de Suas habilidades extraordinárias, enquanto que Sua escuta e perguntas aos anciãos mostram que era absolutamente respeitoso, assumindo o papel de um estudante, assim como era apropriado para uma criança da Sua idade.

Desta ocasião ao Seu batismo aos 30 anos, tudo o que sabemos da juventude de Jesus foi que Ele deixou Jerusalém e voltou para Nazaré com Seus pais e "era-lhes obediente" (Lucas 2:51). Ele cumpriu o Seu dever para com os Seus pais terrenos em submissão ao quinto mandamento, uma parte essencial da perfeita obediência à lei de Moisés que Jesus executou em nosso favor. Além disso, sabemos apenas que "Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens" (Lucas 2:52).

Evidentemente, Deus foi quem determinou que isso é tudo o que precisamos saber. Há alguns escritos extra-bíblicos que contêm histórias da juventude de Jesus (Evangelho de Tomé, por exemplo). Entretanto, não temos como saber se essas histórias são verdadeiras e confiáveis. Deus escolheu não nos dizer muito sobre a infância de Jesus, por isso temos de confiar na Sua decisão de nos informar de tudo o que precisamos saber.


Fonte: http://www.gotquestions.org/Portugues/Jesus-infancia.html